O sindicato alemão dos pilotos Cockpit, em conflito aberto com a direção do grupo Lufthansa há mais de um ano, anunciou uma nova greve para terça-feira, que afetará os voos de longo curso e o transporte de mercadorias.
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A greve, a 13.ª em 18 meses, irá ter início pelas 6 horas (7 em Portugal continental) e terminará pelas 22 horas locais. O protesto só irá afetar a empresa Lufthansa e não outras companhias aéreas do grupo, avançou o Vereinigung Cockpit, sindicato dos pilotos, em comunicado.
Na base do conflito laboral entre o sindicato e a direção da companhia aérea alemã estão as condições do regime de pré-reforma.
Depois da queda de um avião da Germanwings, companhia do grupo Lufthansa, nos Alpes franceses, em março, o Vereinigung Cockpit suspendeu as greves e as negociações com a administração que levava a cabo nos meses anteriores.
Em comunicado, o sindicato avançou que tinha feito concessões significativas, mas sem, no entanto, encontrar uma solução comum com a gerência. O sindicato acusa a companhia alemã de querer "quebrar estruturas sociais" dentro do grupo e "enfraquecer a união."
Para lidar com a concorrência de companhias aéreas de baixo custo, a Lufthansa, além das empresas Germanwings, Swiss e Austrian Airlines, pôs em andamento uma grande reorganização com o objetivo de transferir as suas obrigações nacionais. Algumas pessoas na empresa viram nesta medida uma ameaça ao seu estatuto e remuneração.
Durante as greves anteriores, a Lufthansa, a principal companhia aérea do grupo europeu, conseguiu atenuar o impacto sobre os passageiros e evitar o caos colocando pilotos que ocupam outras posições dentro do grupo a voar e em estreita cooperação com a Deutsche Bahn, operador ferroviário.