Rescisões no setor devem continuar no próximo ano. Norte-americanos querem proteger margens de lucro
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Os 20 maiores bancos do Mundo eliminaram, este ano, mais de 60 mil empregos, revertendo parte das contratações feitas após o fim da pandemia de covid-19. Na banca sediada em Wall Street, por exemplo, é a forma encontrada para proteger as margens de lucro.
Outros fatores contribuíram para aquele total e, recorda o “Financial Times” (FT), a aquisição do Crédit Suisse pelo UBS levou à redução de 13 mil postos de trabalho, número que deverá aumentar no próximo ano.
O norte-americano Wells Fargo, por seu lado, despediu 12 mil pessoas (tem 230 mil funcionários). O Citigroup dispensou cinco mil funcionários, o Morgan Stanley 4800, o Bank of America quatro mil e o Goldman Sachs 3200.
“Não há estabilidade, investimento ou crescimento na maioria dos bancos e é provável que haja mais cortes”, disse Lee Thacker, proprietário da empresa de recrutamento de serviços financeiros Silvermine Partners, ao FT. “Há alguns presentes muito agradáveis a ser enviados para os chefes no momento”, ironizou.
Os 61 905 empregos cortados este ano, nos cálculos do jornal, comparam com os mais de 140 mil postos de trabalho cortados durante a crise financeira de 2007/8.
Naquele número não estão incluídos bancos mais pequenos e cortes menos significativos, o que significa que o total é superior.
O FT explica que pelo menos metade das reduções deste ano ocorreram nos EUA, “cujos bancos de investimento têm enfrentado dificuldades para lidar com a rapidez do aumento das taxas de juros”.v