Em 2020, havia 21 500, mas o número aumentou nos últimos meses. No entanto, a esmagadora maioria ainda não mete a "mão na massa".
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O setor da construção, em Portugal, tinha, no ano passado, 297 100 trabalhadores. Desses, 21 500 eram do sexo feminino - mais 1700 do que em 2019.
Os números são do Instituto Nacional de Estatística (INE), mas só mostram o panorama geral. Diz quem conhece o ramo que a maioria das mulheres trabalha em direção de obra, higiene e segurança no trabalho e fiscalização. Só que faltam números sobre quantas trabalham, em concreto, nessas funções e, também, como pintoras, eletricistas ou pedreiras. O certo é que existem cada vez mais mulheres a provar que as obras, tal como as outras áreas, podem ser para todos, como prova Elaine.
Apesar de não saber apontar dados concretos, Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção de Portugal, não hesita em afirmar que "é residual" o número de mulheres que trabalham na construção civil, no nosso país. E é, de facto. Corresponde apenas a 7,2% do total de trabalhadores do setor. No entanto, essa é uma percentagem maior do que já foi.
Segundo o INE, em 2020, havia menos 7500 trabalhadores na construção do que em 2019, considerando homens e mulheres. Só que, apesar de o número global ter diminuído - com a consequente falta de mão de obra que se tem feito sentir -, o número de mulheres a trabalhar no ramo aumentou (de 19 800 para 21 500).
Programas de formação
Para dotar as mulheres de conhecimentos na área da construção, nos últimos anos, têm surgido alguns projetos direcionados para o sexo feminino. É o caso do "Women can build" - implementado em seis países europeus, entre os quais Portugal - e, mais recentemente, do "Mulheres em construção", em Aveiro (ver caixa). Também do Centro de Formação em Construção Civil têm saído, anualmente, centenas de mulheres formadas em diversas valências, dentro do setor, como higiene e segurança no trabalho, eletricidade ou pintura, entre outras.