Na primeira metade do ano foram criadas 21094 empresas em Portugal, o que representa um crescimento de 11,9% face ao primeiro semestre de 2014 e de 6,8% face ao mesmo período de 2013.
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Os dados foram revelados pela empresa de gestão de risco IGNIOS, no âmbito do "Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos" referente ao mês de junho.
De acordo com a mesma análise, o setor "outros serviços" concentra o maior número de novas empresas, com um peso de 40,7% no total das constituições e foi também um dos que apresentou maior crescimento (14,6%), com mais 1096 empresas criadas face ao mesmo período do ano passado (total de 8579 empresas criadas).
Outros setores de atividade com crescimentos expressivos foram a "hotelaria e restauração" (18,8%, para 2491 empresas), a "agricultura" (16,1%, para 1153), o "comércio a retalho" (10,1%, para 2624) e o "comércio de veículos" (20,1%, para 753).
O distrito de Lisboa foi aquele onde se registou o maior número de constituições de empresas (28%), seguido do Porto (18,5%), Braga (8,2%), Setúbal (6,2%) e Aveiro (5,9%).
O observatório refere ainda a tendência de estagnação nas insolvências de empresas, com um total de 4147 empresas insolventes, o que corresponde a um crescimento de 0,6% face ao mesmo período de 2014 (4124) e uma redução de 0,6% relativamente a 2013 (4173).
Na primeira metade de 2015, as declarações finais de insolvência foram as que concentram maior número de processos (1744), seguindo-se as insolvências requeridas pelos credores (1263) e as apresentadas pela própria empresa (1090).
Os serviços dependentes da procura interna e das importações concentram a maioria das insolvências, embora reduzindo o número de empresas insolventes face ao mesmo período de 2014.
É o caso da "construção", que reduziu as insolvências em 3,8%, para 725 empresas, mantendo-se como o setor que maior número de insolvências registou (17,8%).
O "comércio por grosso", com um peso de 14%, e o "comércio a retalho", com um peso 14,6%, reduziram ambos o número de insolvências em 4,7% (para 485 empresas) e 1,6% (para 669 empresas), respetivamente.
A IGNIOS destacou ainda o setor do "vestuário", que aumentou novamente o número de insolvências, mais 26,2%, para 164 empresas, o que levou a que o distrito de Braga aumentasse em 21,5% o número de empresas insolventes no primeiro semestre do ano (544 empresas).
A análise do observatório foi sustentada por informação extraída da base de dados IGNIOS, que contempla todas as constituições de empresas publicadas pelo Instituto de Registos e Notariado/ Ministério da Justiça e todas as Ações de Insolvência publicitadas também pelo Ministério da Justiça, no portal Citius.
A IGNIOS - Gestão Integrada de Risco S.A., fundada em 1947, é uma empresa de soluções integradas e personalizadas de gestão de risco.