
Dos 42 mil passageiros com voos marcados na TAP para quinta-feira e sexta-feira, dias de greve dos pilotos da transportadora, mais de 90% foram encaminhados para os seus destinos, ainda que com ligeiros atrasos nalgumas situações.
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Fonte oficial da transportadora aérea portuguesa frisou que apenas 10% dos passageiros foram afectados de forma significativa pela greve dos pilotos, a maioria dos quais com destino a países europeus, garantindo que ao longo do dia de hoje a situação da grande maioria será resolvida, sublinhando que os voos de longo curso para o Brasil e África em atraso estão já assegurados.
"Foram cancelados 52 voos" durante os dois dias da greve, informou a TAP, contrariando os números apresentados na sexta-feira pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) que davam conta do cancelamento de 65 serviços de voo, equivalentes a cerca de 130 voos.
A diferença nos números é explicada pela transportadora com o facto de o sindicato não contabilizar os voos da TAP fretados, ou seja,realizados por pilotos tripulações fretados, bem como pelo reencaminhamento de passageiros para voos de outras companhias com as quais a transportadora portuguesa tem acordos.
"Confirmamos que a adesão dos pilotos à greve foi elevada, mas houve muitos voos realizados por outras companhias e por aviões fretados pela TAP, pelo que as contas não devem ser feitas como foram apresentadas pelo sindicato", sublinhou a fonte oficial.
A greve de dois dias terá um impacto na ordem dos 10 milhões de euros nos resultados da TAP, entre os custos suportados com as alterações nas viagens dos passageiros e as receitas que deixam de entrar nos cofres da companhia liderada por Fernando Pinto, valor confirmado pela própria transportadora.
"A TAP quer negociar com os pilotos, mas não está disposta a aceitar ultimatos, nem imposições do sindicato", afirmou à Lusa a mesma fonte, que disse ainda que os aumentos salariais de 9 por cento pedidos pelos pilotos - e que estiveram na origem da greve que terminou às 24:00 de sexta-feira - "vão ao arrepio de tudo o que se passa no país e no mundo, num momento em que a indústria da aviação vive a maior crise da história, com a IATA a prever que as companhias aéreas fechem o ano com os maior prejuízos de sempre".
