Cerca de meio milhar de pessoas manifestaram-se, esta quarta-feira, em Coimbra, contra as políticas governamentais, numa iniciativa promovida pela União de Sindicatos de Coimbra (USC), afeta à CGTP, comemorativa do 1.º de Maio.
A manifestação, que ligou a Praça da República à Praça 8 de Maio, na baixa da cidade, estendeu-se pela avenida Sá da Bandeira, encabeçada por dois ranchos folclóricos e mostrando manifestantes silenciosos em várias partes do percurso, que iam sendo incentivados com palavras de ordem debitadas por três carros de som incluídos no desfile.
"Porventura em função dos problemas, dos cortes dos salários e subsídios, de uma política de austeridade que tem levado as pessoas ao empobrecimento, que tem causado miséria no país, certamente era para termos aqui milhares de pessoas a encherem as ruas da cidade. Não temos porque também as pessoas andam cansadas", disse à agência Lusa António Moreira, coordenador da USC.
Frisou, no entanto, que pelos contactos que os sindicatos possuem nas empresas verificam o desânimo dos trabalhadores, "muitos resignados de que não há outra alternativa".
"Mas há. Há alternativas para combater o défice das contas públicas sem ter de cortar nos salários e na proteção social", afirmou António Moreira.
Acrescentou que o desemprego, "a chaga social mais viva" afeta, no distrito de Coimbra, cerca de 30 mil pessoas e que mais de 12 mil ficaram sem emprego "nos últimos 22 meses de desgovernação" da maioria PSD/CDS-PP.
As comemorações do 1.º de Maio em Coimbra terminam hoje à tarde na praça 08 de Maio com um espetáculo de música popular de intervenção por João Queirós e um festival de folclore onde participam o Rancho Típico das Serras da Lousã e o Rancho Folclórico Flores das Cortes.
