O número de funcionários públicos que irá passar para a reforma em Janeiro de 2012 representa menos 30,6% face ao mesmo mês deste ano, num total de 1574, oito dos quais vão receber pensão acima de cinco mil euros.
Assim, segundo contas da agência Lusa com base nas listas da Caixa Geral de Aposentações (CGA), divulgadas esta sexta-feira, no arranque do novo ano vão reformar-se menos 695 funcionários públicos do que em 2011 (menos 188 face a 2010), num total de 1574 pessoas.
Do total de funcionários públicos que vão passar a ser pensionistas este ano, oito vão auferir uma reforma superior a cinco mil euros, a maioria oriundos do Ministério da Saúde.
Este número fica muito abaixo do total de funcionários que pediram a reforma em Janeiro de 2011 e que tiveram direito às chamadas "pensões douradas" que ascendeu a 26 pessoas.
Uma das justificações para esta descida pode passar pelo facto de os funcionários públicos que reunissem condições para se aposentarem até ao final de 2010 poderem fazê-lo em 2011, sem que a remuneração considerada para calcular a reforma fosse afectada pelos cortes salariais previstos pelo Orçamento do Estado deste ano.
Em 2011, os salários dos funcionários públicos acima dos 1500 euros tiveram um corte entre 3,5% e 10%.
Para 2012 está também previsto um conjunto de medidas penalizadoras para os funcionários públicos que se reformem nesse ano, especialmente no caso das pensões mais elevadas, o que poderá ser um factor dissuasor de pedidos de reforma antecipada.
Entre os serviços que mais perdem trabalhadores para a reforma em Janeiro do próximo ano, destaque para os do Ministério da Educação e Ciência (com 498 funcionários), Ministério da Saúde (280) e Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (217).
