O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou, este sábado, uma ação de protesto contra o Orçamento de Estado, a realizar no dia 1 de novembro junto da Assembleia da República, em Lisboa.
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O anúncio foi feito em Alcântara no final da manifestação da CGTP, onde estiveram milhares de pessoas.
"No próximo dia 1 de novembro, dia feriado que nos foi roubado e que coincide coma primeira votação na generalidade do Orçamento de Estado, lá estaremos, de novo, na Assembleia da República, às 10.00 horas, para rejeitar a proposta de Orçamento, para exigir a demissão do Governo e a realização de eleições quanto antes", disse Arménio Carlos aos manifestantes.
"Governo rua" foi o que mais se ouviu entre os manifestantes, sendo também a frase mais visível entre as centenas de cartazes do protesto, onde também o presidente da República, Cavaco Silva, era criticado.
Novos e velhos, várias gerações de pessoas de diversos pontos do país marcaram presença na jornada de luta da CGTP que por volta das 15.30 horas foi surpreendida com chuva, o que levou alguns dos manifestantes a desmobilizar e a abrigarem-se junto de casas e cafés na zona de Alcântara.
Centenas de cartazes, de bandeiras de sindicatos, de Portugal e também algumas bandeiras pretas foram empenhadas pelos manifestantes, ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem "Está na hora, está na hora do Governo ir embora", "Governo rua já" e "Passos escuta o povo está em luta".
Os manifestantes atravessaram a Ponte 25 de Abril transportados em autocarros, dado que o Governo não autorizou a travessia a pé da ponte, alegando questões de segurança.
Os autocarros percorreram a Ponte 25 de Abril em grupo e sem grandes congestionamentos de trânsito.