A ministra das Finanças reafirmou, esta quarta-feira, que o corte salarial entre 2,5% e 12% aos funcionários públicos e das empresas do Estado não tem data para terminar e que este assegura que o esforço de contenção "é melhor distribuído".
Corpo do artigo
Maria Luís Albuquerque, que apresenta, esta quarta-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2014 no Parlamento, quis reforçar a ideia que o corte apesar de ser chamado transitório não tem data para desaparecer, ficando dependente "da evolução das condições objetivas que permitam voltar a aumentar as remunerações no setor público" mas sempre "sem pôr em causa a indispensável consolidação orçamental.
"Recordo também que a medida tem um caráter transitório, mas que transitório não significa necessariamente anual", afirmou a governante perante os deputados da Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
A ministra considera ainda que este corte, que começa nos salários a partir de 600 euros, "permite assegurar que o esforço de contenção é melhor distribuído", que a regra anterior. O anterior corte salarial que datava de 2011 era de entre 3,5% e 10% e começava nos 1500 euros de rendimento mensal.
"A regra agora proposta é, de facto, mais equitativa no sentido em que protege os trabalhadores com menos recursos e distribui a necessidade de redução pelos restantes de forma progressiva até valores de remuneração de 2000 euros", disse.
A governante admite, no entanto, que o executivo sabe do "impacto muito significativo na vida de muitas famílias" dos cortes na despesa que pretendem aplicar em 2014, mas garante sempre que esta estratégia é mais equitativa.