Castro Almeida: Bosch Braga está em "relativa tranquilidade" apesar de "lay-off"

A Bosch de Braga vai entrar em "lay-off", a partir de novembro até abril de 2026 e vai afetar 2 500 trabalhadores
Foto: Paulo Jorge Magalhães / Arquivo
O ministro da Economia e Coesão Territorial afirmou esta quarta-feira no Parlamento que existe na Bosch Braga, "uma relativa tranquilidade" apesar de a empresa ter anunciado que vai entrar em "lay-off".
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Castro Almeida, ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, disse não estar preocupado quanto ao futuro da empresa, que atravessa um problema de fornecimento de componentes.
"Na Bosch há uma leitura de relativa tranquilidade sobre futuro da empresa. Há um problema circunstancial, que não vai colocar em causa o futuro de uma empresa muitíssimo importante para a região e para o país", afirmou Castro Almeida.
"A Bosch é uma empresa próspera, que está em pé e que quer continuar em pé", frisou Castro Almeida em resposta à deputada do PCP, Paula Santos. O ministro acrescentou que a empresa "tem um problema de fornecimento de um chip que é essencial para fabricar os seus produtos".
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A Bosch de Braga vai entrar em "lay-off", a partir de novembro até abril de 2026, uma decisão que vai afetar 2 500 trabalhadores, devido à escassez de componentes para peças eletrónicas, anunciou, esta semana, a empresa.
O titular das pastas da Economia e da Coesão Territorial sublinhou que não existe uma quebra de mercado, uma vez que não faltam clientes, trabalho ou competitividade à Bosch. O governante adiantou ainda aos deputados das comissões de Agricultura e Orçamento que a empresa garantiu ao executivo que vai assegurar todos os direitos aos seus trabalhadores, que estão disponíveis para regressar ao seu posto, quando houver material.
O "lay-off" consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a motivos de mercado, motivos estruturais ou tecnológicos ou catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.
A empresa garantiu estar a fazer tudo para atender os clientes e evitar ou minimizar as restrições de produção, recorrendo, por exemplo, a fontes alternativas de fornecimento.
A Bosch disse também que, assim que a escassez de componentes eletrónicos for ultrapassada, a "produção em Braga deverá regressar à normalidade".
