O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, admitiu, esta quarta-feira, que o desemprego é o "maior problema" do país mas prometeu que será "sempre garantida uma proteção social".
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"O desemprego é o maior problema que Portugal está a atravessar e nesse sentido é o maior problema para o Governo", afirmou o ministro, à margem da inauguração oficial de uma unidade de cuidados continuados na Amadora.
Escusando-se a comentar se os números de desempregados pode aumentar e se há um teto financeiro para apoios, Mota Soares insistiu ser "fundamental garantir que sempre uma proteção social nomeadamente em tempos de crise".
Aos jornalistas, o governante disse que os sistemas sociais existem para "garantir um conjunto de apoios às pessoas que deles necessitam", lembrando a majoração do subsídio de desemprego para casais com filhos a cargo.
Referindo-se aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que indicam mais de um milhão de pessoas desempregadas ou em situação de subemprego no primeiro trimestre do ano.
"Os números que hoje (quarta-feira) foram conhecidos estão em linha com um conjunto de perceções do Governo", referiu o governante, acrescentando que os ministérios das Finanças, da Economia e da Solidariedade e da Segurança Social estão a fazer uma "análise mais aprofundada destes números".
"Mas para nós o fundamental é realçar que a proteção social que existe sempre e tem de existir nomeadamente de uma forma mais acrescida em tempos de maiores dificuldades", garantiu.
O ministro lembrou que esta semana está a ser ultimada uma medida prevista no acordo de concertação social, que permite a acumulação em parte do subsídio de desemprego com rendimentos de trabalho.