O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, considerou, esta terça-feira, que o acordo encontrado com os parceiros sociais na concertação social "vai reforçar bem mais a economia portuguesa do que estava previsto" com a redução da Taxa Social Única.
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Em relação à não assinatura do acordo pela CGTP, Álvaro Santos Pereira afirmou que a intersindical "não costuma, infelizmente, assinar muitos acordos. Achamos que nesta altura é de enaltecer o papel de grande responsabilidade dos parceiros sociais que assinaram este acordo. Todos assinaram com excepção de um", afirmou.
Em relação ao acordo em si, o governante acentuou que "é muitíssimo mais global do que a descida da TSU [Taxa Social Única]. A TSU, ao baixar, permitiria uma descida dos custos unitários de trabalho. Como não foi possível, porque não havia margem orçamental nenhuma para baixar a TSU sem onerar em demasia a economia portuguesa, teríamos que encontrar uma alternativa. Foi isso que foi encontrado", afirmou Álvaro Santos à margem da inauguração do centro de operações da Novabase no Parque Oriente.
Assim, garante, "como os parceiros sociais e o Governo conseguiram encontrar um pacote de alternativas ao aumento de meia hora ao horário de trabalho, não tenho o mínimo de dúvidas de que este acordo vai reforçar bem mais a economia portuguesa do que estava estipulado [no memorando da 'troika']", acrescentou o governante.
"Quando começámos as conversações, há seis meses, o pacote que estava em coma da mesa era diferente. Neste momento, temos um pacote muito mais equilibrado e muito melhor para a economia portuguesa", rematou Álvaro Santos Pereira.