O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, considerou, esta terça-feira, que o auxílio à TAP "é do interesse nacional" e que fazer despedimentos não é uma inevitabilidade.
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Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita aos estaleiros da WestSea, em Viana do Castelo, o governante considerou que a companhia aérea portuguesa é "fundamental e crítica para o país", pelo que será "resgatada" pelo Estado.
"Aquilo que a TAP dá à economia nacional, não tem comparação com aquilo que nós lá vamos injetar", disse, justificando: "É o principal exportador nacional, 80 a 90% dos nossos turistas chegam por avião. Metade deles são transportados pela TAP. Quando estamos a falar de resgatar a TAP, estamos a falar de economia, de emprego, exportações e impostos".
E continuou: "É do interesse nacional nós auxiliarmos a TAP. Custa? Custa, mas aquilo que a empresa dá ao país é tremendamente importante. Mais de mil milhões de euros das compras que a TAP faz são feitas a empresas portuguesas".
Pedro Nuno Santos garantiu ainda que a viabilização da empresa obrigará a "alguns ajustamentos" na dimensão, mas sem passar obrigatoriamente por despedimentos. A uma jornalista que lhe perguntou se os despedimentos serão inevitáveis, respondeu:
"Há muitas formas de fazermos a reestruturação da empresa e ela deve ser feita com os sindicatos, que têm várias sugestões. É um trabalho que vai ser feito, mas acho que não seria justo fazer-se um título com essa afirmação".
Quanto ao ponto de situação do eventual plano de reestruturação da empresa, adiantou que "o Estado apresentou um conjunto de condições, que têm de ser aceites" antes de avançar.
"A nossa parte nesta fase, está feita. Temos todo o trabalho negociado com a Comissão Europeia e autorização para injetar dinheiro na TAP. Precisamos que a TAP faça a sua parte, que é aceitar as nossas condições". "Nós não andamos aqui a passar cheques em branco a ninguém. O dinheiro é do povo português", concluiu.