O grupo Montepio tem responsabilidade de cerca de 30 milhões de euros com o pagamento de pensões vitalícias a 65 gestores, estejam eles no ativo, reformados ou tenham sido exonerados, revela, nesta segunda-feira, o jornal "Público".
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Nenhum dos beneficiários contribuiu ou contribuirá para o bónus, totalmente financiado pelo banco e pela associação mutualista. Entre os beneficiários, estão Tomás Correia ou o padre Vítor Melícias, num caso que aquele jornal diz criar pressão adicional sobre a solidez do banco e que retira rendimentos aos associados que aplicam poupanças na instituição.
Esta regalia dos gestores tem origem no facto de, tradicionalmente, os executivos do grupo eram também gestores do banco, num cargo para o qual não recebiam salário. Seria um "plano complementar de reforma" vitalícia. Atualmente, o banco já tem administração própria e a tabela salarial alinha com os valores do mercado.
No final de 2014, cinco executivos, dois exonerados e sete reformados receberam o bónus do Fundo de Pensões da Associação, num total de 11 milhões de euros. Já do fundo de pensões do banco, até 31 de dezembro, foram pagos 16 milhões de euros em pensões vitalícias a 51 gestores da Montepio Valor e a atuais e ex-membros dos órgãos sociais e parassociais do Banco Montepio.