A ministra das Finanças de Portugal disse esta segunda-feira, em Bruxelas, que o Eurogrupo decidiu, de forma unânime, que "o contexto adequado" para prosseguir discussões com a Grécia é "uma extensão do programa", e que não haverá mais conversações sem que tal suceda.
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"A questão é que o diálogo (entre a Grécia e os seus 18 parceiros da zona euro) deve ser feito num determinado enquadramento, e a posição unânime é que o enquadramento adequado é uma extensão do programa (...). Não há mais discussões sem recebermos pedido" por parte das autoridades gregas, indicou Maria Luís Albuquerque, no final de uma reunião do Eurogrupo.
Segundo a ministra, "aquilo que as autoridades gregas pretendem é ter um diálogo, aparentemente, relativamente àquilo que podem ser mudanças no contexto do programa, mas cabe às autoridades gregas fazer o pedido que crie condições para que esse diálogo possa ser levado por diante".
Maria Luís Albuquerque confirmou que "foi falada a possibilidade de haver uma (nova) reunião (do Eurogrupo) na sexta-feira", mas realçou que a mesma está "dependente de o pedido (de extensão do programa" ser recebido e avaliado pelas instituições.
"Só será convocada se efetivamente se receber o pedido das autoridades gregas e se a avaliação desse pedido for de tal forma que justifique a marcação de outra reunião esta semana", apontou.
Por seu lado, o presidente do Eurogrupo, Jeoren Dijsselbloem, disse preferir uma solução que passe pela extensão do programa de assistência à Grécia num curto prazo, enquanto se negoceia uma de longo prazo, sublinhando que a iniciativa pertence a Atenas.
"Falamos numa extensão do programa porque este ainda vigora", adiantou Dijsselbloem, sublinhando que a Grécia tem até o final da semana para decidir, podendo ser marcada uma nova reunião dos ministros das Finanças da zona euro.