A CP prevê que não circule "um único comboio" na sexta-feira, devido à greve dos trabalhadores da empresa, cujos impactos deverão começar a sentir-se já quinta-feira à noite, de acordo com a porta-voz da empresa.
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"A manterem-se as greves, no dia 10 de Junho não circulará um único comboio no território nacional, nem de mercadorias, nem de passageiros", disse à Lusa Ana Portela.
Os impactos da paralisação deverão começar a sentir-se já hoje ao final do dia.
"Nos serviços urbanos, a partir das 21.30 horas de hoje, começa a deixar de haver comboios e podem registar-se atrasos e supressões nos outros serviços", segundo a porta-voz da CP.
Os efeitos da paralisação deverão sentir-se ainda no sábado de manhã, ainda que a CP alerte para atrasos e supressões durante a tarde, nomeadamente no serviço regional.
No dia 13 de Junho, feriado em Lisboa, os trabalhadores da CP voltam à greve. "Não circulará qualquer comboio urbano em Lisboa", à excepção da linha do Sado.
Também não vão circular comboios internacionais, porque saem de Lisboa, e a CP alerta para a possibilidade de ocorrerem algumas supressões nos serviços regional e de longo curso.
Os sindicatos do sector ferroviário que representam trabalhadores da CP marcaram greves para Junho para reivindicar a aplicação das regras do Acordo de Empresa ao trabalho extraordinário, em dias de feriado e de descanso semanal, em detrimento das regras da Função Pública.
A CP apresentou um estudo sobre esta matéria, que está a ser analisado pela Inspecção-Geral das Finanças (IGF), com o objectivo de aferir se a aplicação das regras do Acordo de Empresa é mais favorável para a empresa.