A Nissan apresentou, em Gaia, o seu primeiro crossover elétrico, o Ariya, que chegará ao mercado em meados do próximo ano. Estará disponível em quatro níveis de potência, ainda sem preços definidos.
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O Ariya pretende, segundo a Nissan, assumir no segmento dos crossover elétricos o destaque que teve (e ainda tem) o Qasqhai e, esteticamente, a aposta parece estar ganha, pois o novo elétrico da marca japonesa tem uma forte presença em estrada, com uma assinatura luminosa que percorre quase todo o veículo.
O Ariya tem 4,59 metros de comprimento, 1,85 de largura e 1,66 de altura, e uma distância entre eixos de 2,77 metros. A bagageira tem uma capacidade de 466 litros na versão de tração dianteira e de 408 na de tração total.
Fabricado no Reino Unido, está disponível com baterias de 63 kWh, debitando 160 kW (218 cavalos) de potência, e de 87 kWh, esta última com potências de 178 kW (242 cv e tração dianteira), 225 kW (306 cv) e 290 kW (394 cavalo e 600 Nm de binário), estas duas com tração às quatro rodas.
O topo da gama é esta última versão, denominada E-4orce, que acelera dos 0 aos 100 km/ em 5,1 segundos, atinge uma velocidade máxima de 200 km/h e tem uma autonomia de 400 quilómetros.
A autonomia pode chegar aos 360 quilómetros na versão menos potente, aos 500 no modelo de 242 cavalos, baixando para os 460 e para os 400 quilómetros nas duas mais potentes versões mais potentes.
O Ariya pode ser carregado numa tomada doméstica, numa wall-box (a 7,4 kW na bateria de 63 kWh e a 22 kW nas restantes), aceitando carregamentos rápidos até 130 kW (a Nissan anuncia ser possível obter até 300 quilómetros de autonomia WLTP em 30 minutos.
"Espaço limpo"
Sobre o interior o designer sénior Hideki Tago explica que foi criado "um espaço limpo combinando os controlos táteis com a textura do acabamento de madeira do interior. Fizemo-lo de uma forma que não afetou o desempenho dos comandos, o que nos permitiu alcançar, em paralelo, funcionalidade e uma aparência atraente".
Hideki Tago sublinha que "ao aplicar um padrão de textura de madeira aos painéis de plástico com um processo de hidro-impressão, obtivemos uma sensação muito realista de madeira. Ao mesmo tempo, isso permitiu que ícones transparentes ganhassem vida quando iluminados".
A atenção ao detalhe estendeu-se, igualmente, à ambiência sonora do Ariya, com o ajuste fino das vibrações e sons.
"A vibração e o som são inseparáveis", afirmou Tomotaka Igarashi, o engenheiro responsável pelo desenvolvimento do HMI (Interface Homem Máquina) interior do Ariya.
"Pode parecer óbvio, mas desafiou a nossa equipa a desenvolver um som único que atendesse às expectativas do condutor ao mesmo tempo que fosse o mais agradável possível" afirmou.
Trata-se de uma necessidade num crossover totalmente elétrico "já que a quase ausência de som emitido pela motorização significa que os sons desenvolvidos pela equipa serão ouvidos claramente durante a condução", destaca a Nissan.
Segundo a marca, o desenvolvimento dos controlos táteis exigiu que todos os cenários possíveis fossem testados repetidamente para garantir o uso fácil para uma ampla gama de utilizadores.
"Por exemplo, significou testes extensivos por pessoas com dedos de diferentes tamanhos e diversos comprimentos de unhas, e com diferentes forças de pressão e de ângulos de atuação. As mãos com luvas também foram testadas para garantir a ativação dos botões", revelou a Nissan.
O Ariya insere-se numa estratégia da Nissan, que quer atingir a neutralidade carbónica em 2050. A primeira fase da ofensiva chega no próximo verão, com os novos Qasqhai e X-Trail e-Power (que recorrem a um motor a gasolina apenas para gerar eletricidade) e o Ariya.