As notas mais falsificadas em Portugal passaram a ser as de 10 euros, contrariando a tendência dos últimos anos, em que as de 20 euros eram as mais apreendidas pelas autoridades, divulgou o Banco de Portugal, frisando que, apesar de tudo, a contrafação diminuiu no ano passado quando comparado com 2021. Mas, segundo os mesmos dados, a apreensão de notas falsas de 100, 200 e 500 euros duplicou.
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O Banco de Portugal refere também que, na zona euro, as notas de 20 e 50 euros continuam a ser as mais falsificadas. Em Portugal, "o número de contrafações apreendidas na circulação em 2022 diminuiu 1% relativamente a 2021". Ou seja, foram apreendidas 10 732 notas falsas, o que representa 2,86% do total das apreensões no eurossistema. O Banco de Portugal refere que esta quantidade de contrafações detetadas "é residual quando comparada com o total de notas em circulação", que em todo o sistema somam as 30 mil milhões de notas.
A autoridade de supervisão bancária lembra que "uma contrafação não é reembolsada, o que implica um prejuízo para a pessoa que a recebe", pelo que apela às pessoas ser importante que "verifiquem as notas quando as recebem". Na verdade, foram apreendidas notas falsas que teriam um valor de cerca de 468 mil euros, superando os 328 mil euros que resultantes das contrafações detetadas em 2021.
Em termos europeus, a tendência de contrafações de notas foi contrária a Portugal, com uma subida de 8,4% face a 2021, segundo dados divulgados pelo Banco Central Europeu.
Detetar notas falsas
A instituição liderada por Mário Centeno revela também alguns "segredos" para detetar notas falsas, isto porque as notas de euro "integram elementos de segurança altamente sofisticados, que tornam a moeda única numa das mais seguras do Mundo", alertando que uma nota contrafeita não pode ser trocada por uma nota genuína. "Quem aceitar uma nota contrafeita como se de uma nota autêntica se tratasse não poderá recuperar o seu valor".
O Banco de Portugal aconselha que, ao receber uma nota de euro, confira os vários elementos de segurança sem recurso a equipamentos de apoio. Basta tocar, observar e inclinar a nota. Ao tocar na nota é necessário sentir a textura e firmeza do papel de algodão, bem como a rugosidade nos elementos impressos em relevo, como as iniciais do BCE, o pórtico ou janela, a denominação e as marcas táteis. É também possível através da observação contra uma fonte de luz, verificando a presença das marcas de água, do filete de segurança, da janela com retrato e do registo frente/verso). Ao inclinar ligeiramente a nota também é possível ver a banda holográfica com retrato, que exibe o retrato de Europa, o símbolo euro, o motivo arquitetónico e o valor da nota. Nas notas de 100 e 200 euros, a banda holográfica apresenta ainda o holograma-satélite e o símbolo euro de grande dimensão.