A Citroën iniciou a comercialização em Portugal da nova geração do C5 Aircross, modelo que representa um passo importante na renovação eletrificada da marca francesa. O SUV chega com motorizações híbrida, híbrida plug-in e totalmente elétrica, oferecendo até 680 quilómetros de autonomia. Produzido em Rennes, em França, posiciona-se como uma das propostas mais equilibradas do segmento C-SUV, com preços a partir de 33.490 euros.
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Assente na nova plataforma STLA Medium do grupo Stellantis, desenvolvida para veículos eletrificados, o C5 Aircross apresenta dimensões ligeiramente superiores às da geração anterior. Mede agora 4,65 metros de comprimento e tem uma distância entre eixos de 2,78 metros, o que se traduz num interior mais espaçoso e numa bagageira com capacidade até 1.668 litros. A nova base técnica permite ainda integrar diferentes tipos de propulsão - híbrida, híbrida plug-in e elétrica - sem comprometer o espaço ou o conforto.

E foi esta última caraterística que mais se destacou durante os ensaios dinâmicos, realizados em Palma de Maiorca, com as versões elétrica (BEV) e híbrida plug-in (PHEV).
As suspensões com batentes hidráulicos progressivos, exclusivas da marca, e os bancos com espuma de alta densidade, asseguram um conforto de alto nível, semelhante nas duas versões ensaiadas, apesar dos quase mais 200 quilos do BEV.
Nova assinatura luminosa
O design exterior evoluiu para linhas mais simples e tensas, reforçando a aerodinâmica e a identidade da marca. Na dianteira, destaca-se o novo logótipo Citroën e a assinatura luminosa de três pontos, integrada nos faróis Matrix LED. A secção traseira apresenta um portão vertical e uma faixa horizontal em preto brilhante, que sublinha a largura do veículo.
Com um coeficiente aerodinâmico SCx de 0,75, o modelo ganha eficiência energética e mais autonomia nas versões eletrificadas.
No interior, o novo C5 Aircross aposta num ambiente que a marca denomina de "C-Zen Lounge", traduzindo-se num habitáculo onde o conforto e o silêncio imperam.

Os bancos Citroën Advanced Comfort® utilizam espuma de alta densidade e dispõem de regulação elétrica, ventilação e massagem. As suspensões com batentes hidráulicos progressivos, exclusivas da marca, mantêm a sensação característica de "tapete voador", filtrando bem irregularidades da estrada.
O traçado escolhido pela Citroen levou-nos a belas estradas de montanha, de bom piso, mas com alguns encadeados de curvas que não colocaram dificuldades de maior aos dois modelo, embora, obviamente, se sinta o peso acrescido da versão 100% elétrica.
Nota para os consumo que atingiram os 14,5 kWh no BE´V e os 6,8 l/100 km no PHEV, atingidos após a bateria estar completamente vazia. Importa, neste último caso, salientar que o trajeto e fez com pouco trânsito e fora de centros urbanos.
Espaço para dar e vender
O posto de condução é dominado por um novo ecrã tátil central em cascata, com grafismo claro e personalizável, que centraliza as funções de navegação, climatização e infoentretenimento.
O sistema é compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fios e inclui reconhecimento de voz natural através do comando "Hello Citroën". Pela primeira vez, o modelo integra também o assistente de inteligência artificial ChatGPT, que permite interagir por voz para obter informações, definir trajetos, ajustar parâmetros do veículo ou até responder a perguntas de cultura geral.
O painel de instrumentos digital e o Head-Up Display alargado projetam todas as informações relevantes no campo de visão do condutor, enquanto o sistema de som e a iluminação ambiente configurável completam a experiência a bordo do C5. Destaque-se o elevado espaço interior e a capacidade da bagageira, que é de 651 litros, podendo chegar aos 1 668 com os bancos traseiros rebatidos.
Eletrificação
A gama de motorizações é inteiramente eletrificada e cobre três opções distintas. O C5 Aircross Hybrid 145 Automático utiliza uma tecnologia de 48 volts que combina um motor 1.2 turbo de 136 cavalos com um motor elétrico de 12 cavalos, garantindo mais de 950 quilómetros de autonomia no ciclo combinado WLTP.
Sem necessidade de carregamento externo, esta versão pode realizar até metade dos trajetos urbanos em modo elétrico, reduzindo consumos e emissões.
A versão híbrida plug-in, denominada C5 Aircross Hybrid 195 Automático, combina um motor 1.6 turbo de 150 cavalos com um motor elétrico de 92 kW, para uma potência total de 195 cavalos.
A bateria de 21 kWh assegura até 100 quilómetros de condução elétrica em cidade e uma autonomia total superior a 1100 quilómetros, enquanto o carregamento completo pode ser feito em menos de três horas numa wallbox de 7,4 kW.

No topo da oferta surge o ë-C5 Aircross, a variante totalmente elétrica. Está disponível com dois níveis de potência: 210 cavalos com bateria de 73 kWh e 520 quilómetros de autonomia, ou 230 cavalos com bateria de 97 kWh e até 680 quilómetros no ciclo WLTP.
O carregamento rápido em corrente contínua permite recuperar 160 quilómetros em apenas dez minutos num posto de 160 kW. O modelo oferece ainda travagem regenerativa ajustável e pode, a partir de 2026, integrar carregamento bidirecional (V2L), que transforma o automóvel numa fonte de energia móvel.
Gama nacional
Em Portugal, o C5 Aircross está disponivel em quatro níveis de equipamento -You, Plus, Max e Business - e os preços de lançamento começam nos 33.490 euros para o C5 Aircross Hybrid 145 cv Automático na versão You, passando para 36.590 euros na Plus e 39.590 euros na Max.
O ë-C5 Aircross elétrico de 210 cv está disponível por 40.690 euros (You), 43.790 euros (Plus) e 46.790 euros (Max). A versão Business, destinada ao mercado profissional, é proposta por 37.590 euros na motorização híbrida e 44.790 euros na elétrica.
A Citroën complementa a oferta com soluções financeiras adaptadas a particulares e empresas. O programa Simply Drive permite aos clientes particulares aceder a rendas mensais competitivas e escolher, no final do contrato, entre devolver o veículo, liquidar o valor remanescente ou refinanciar.

A produção do novo C5 Aircross é inteiramente europeia. O SUV é fabricado na unidade de Rennes, em França, e integra uma abordagem sustentável: cada veículo contém 160 quilos de metais reciclados e 47 quilos de plásticos de origem biológica.
Entre os materiais utilizados está um composto derivado de ramos de videira reciclados, provenientes de vinhas biológicas da Borgonha - uma estreia mundial na indústria automóvel.
As baterias de 97 kWh são fabricadas na gigafábrica ACC, em Douvrin, e os motores elétricos são desenvolvidos em França pelas parcerias industriais da Stellantis.
Com a chegada desta nova geração, a Citroën conclui a renovação da gama em menos de dois anos e reforça a aposta numa mobilidade mais confortável e sustentável.
Numa altura em que o mercado europeu acelera a transição elétrica, o novo SUV da Citroën destaca-se pela flexibilidade nas motorizações e pelo conforto que continua a ser a marca registada da casa francesa.

