Um novo resgate da Grécia poderá incluir entre 10 e 25 mil milhões de euros para o setor bancário grego, segundo um documento do Eurogrupo adotado este domingo e transmitido aos líderes da zona euro.
Corpo do artigo
O terceiro programa de ajuda solicitado pela Grécia poderá ascender a 86 mil milhões de euros, segundo as necessidades financeiras estimadas pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia.
Deste valor, parte importante será destinado para o setor financeiro, num envelope estimado entre 10 a 25 mil milhões de euros para fazer face à necessidade de recapitalizar os bancos gregos ou mesmo fazer face aos custos de eventuais falências.
O sistema bancário grego, que já era frágil, piorou com o agravamento da situação no país, face ao impasse das negociações entre Atenas e os credores, e a significativa saída de depósitos.
Para impedir uma maior 'sangria', os bancos gregos estão encerrados desde 28 de junho e os levantamentos nas caixas multibanco limitados a 60 euros por dia.
O dinheiro que será necessário para resgatar os bancos helénicos, no âmbito de um terceiro resgate, também irá depender do tempo que demorar a haver um acordo.
O documento que estima a almofada financeira para a banca dá conta de que o Eurogrupo está "consciente de que uma decisão rápida sobre um novo programa é condição para permitir aos bancos reabrirem" e que a rapidez dessa decisão será fundamental para evitar que o financiamento total do novo resgate ainda seja mais alto do que os cerca de 80 mil milhões de euros.
Depois da reunião do Eurogrupo realizada entre sábado e hoje, o assunto 'Grécia' passou para o nível de chefes de Estado e de Governo, reunidos neste momento em Bruxelas numa cimeira extraordinária da zona euro.