
No coração do nosso país há cinco vibrantes centros culturais reconhecidos pela UNESCO que tem de conhecer. Descubra-os aqui.
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Se procura cidades com um rico património cultural, não tem de ir muito longe - nem sequer sair do país. Na Região Centro de Portugal há cinco autênticos museus a céu aberto à espera da sua visita. E todos fazem parte da Rede Cidade Criativa da UNESCO.
Entre o mar e a serra, os polos urbanos portugueses que integram esta lista são solo fértil ideal para o surgimento de novos criadores e pensadores.
O projeto foi criado em 2004 para reconhecer as cidades que utilizam a cultura para se transformarem em locais sustentáveis e inclusivos, promovendo a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Entre o mar e a serra, os polos urbanos portugueses que integram esta lista são solo fértil ideal para o surgimento de novos criadores e pensadores. Estas comunidades recebê-lo-ão com os tesouros provenientes das suas próprias mãos, educadas de geração em geração para produzir e transmitir Arte.
Caldas da Rainha: cidade sempre irreverente
É o caso das Caldas da Rainha. Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares desde 2019, destaca-se pela indústria cerâmica, impulsionada por Rafael Bordalo Pinheiro. Das figuras satíricas aos motivos naturalistas, conhecer o trabalho deste artista é também descobrir a cidade. A Praça da Fruta, o Hospital Termal e o Parque D. Carlos I são apenas alguns dos locais mais emblemáticos das Caldas da Rainha que fazem parte da Rota Bordaliana.
Covilhã: um centro criativo pulsante na Serra
Muitos motivos justificam uma visita à Covilhã. E a proximidade à Serra da Estrela é apenas um deles. Em 2021, foi reconhecida como a primeira Cidade Criativa portuguesa em Design, mas já fomentava o trabalho de artistas de vanguarda muito antes disso. A prová-lo estão o New Hand Lab e o Museu Nacional dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior, locais onde a Arte se reinventa todos os dias.
Idanha-a-Nova: onde a música domina
Passear em Idanha-a-Nova é descobrir uma cidade que nasceu e cresceu colhendo os frutos que a terra lhe dá. Uma região rural que se fez urbana e onde em todas as ruas se ouvem melodias várias e o característico som do Adufe. Onde quer se vá nesta que foi considerada, em 2015, a primeira Cidade Criativa da Música em Portugal, é impossível negar o peso que os ritmos e batidas têm na sua vida cultural.
Leiria: dos sons medievais aos contemporâneos
Quando o Rei D. Dinis compôs as suas cantigas de amigo, deu início à tradição musical de uma cidade que, ano após ano, forma artistas de renome nacional e internacional. Do século XIII ao XXI, Leiria não parou de dar cartas na música. A sua integração na Rede de Cidades Criativas da UNESCO, em 2019, foi o reconhecimento que faltava a uma cidade feita de melodias e letras, sempre à procura de novas formas de as criar e levar ao público.
Óbidos: viajar através das palavras
A Vila de Óbidos é um autêntico poema visual, um local onde a beleza da paisagem histórica rivaliza, mas também inspira, a produção literária. Entrar nesta Cidade Criativa da Literatura é ter a sensação que se viaja para fora do nosso tempo e espaço. Os livros são o seu grande tesouro e tal nota-se em projetos como o "Óbidos Vila Literária" ou o Programa de Residências Literárias - que convida escritores a viver temporariamente na vila, criando um ambiente propício à inspiração e criação. A região também organiza anualmente o Festival Literário Internacional de Óbidos desde 2015, pondo autores de todo o mundo em contacto direto com leitores.
