O secretário de Estado dos Transportes afirmou esta quinta-feira que a proposta da Quifel, de Pais do Amaral, para a compra da TAP "era não vinculativa, logo não cumpria um dos requisitos do caderno de encargos", e foi afastada.
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Sérgio Monteiro, anunciou assim, após o Conselho de Ministros, que o Governo vai continuar a negociar com os outros dois consórcios, a Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa - e a Sagef, de Gérman Efromovich, frisando que as duas propostas "são de mérito equivalente".
"O relatório [da Parpública] conclui que se deveria considerar a proposta apresentada pela Quifel como não cumprindo os requisitos mínimos legais considerados adequados no caderno de encargos", disse o secretário de Estado, adiantando que o Governo está "em condições de abrir esta fase negocial tendentes à conclusão do processo de privatização".
Sérgio Monteiro recusou-se ainda a pronunciar-se sobre os valores a encaixar pelo Estado com cada proposta: "Divulgar esse aspeto era prejudicial para o interesse público. A reserva do processo negocial é muito importante nesta fase", o que não quer dizer "falta de transparência".
O responsável governamental adiantou ainda que, apesar de uma providência cautelar para parar a privatização da companhia aérea, "os prazos estão a ser cumpridos", continuando a esperar que o processo esteja terminado antes de 30 de junho, conforme o prometido pelo executivo.
A administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, já se pronunciou na quarta-feira sobre o plano estratégico dos três candidatos - agora reduzido a dois - à privatização da companhia aérea de bandeira, segundo o Diário Económico, entregando as suas opiniões à Parpública, detentora do capital da TAP em representação do Estado.
A proposta de Gérman Efromovich, dono da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, inclui a entrega de 12 novos aviões Airbus após a transferência das ações da companhia e a renovação da frota da Portugália com aviões Embraer até 2016, sendo que o empresário propõe recapitalizar a empresa em 250 milhões de euros, segundo informações avançadas pela imprensa.
David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul e que está em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, promete reforçar a TAP com 53 novos aviões e investir 350 milhões de euros.
Já Miguel Pais do Amaral, através da Quifel, prometia manter a estratégia da administração de Fernando Pinto, com a compra dos 12 Airbus 350 já encomendados pela TAP e uma injeção de capital de 325 milhões de euros."No seu interior encontrava-se uma mulher de 30 anos a dormir que referiu que não se recordava de ter sido interveniente em qualquer acidente de viação", referiu a polícia.