Passos Coelho desconhecia declaração da "troika" mas antecipava resultados "muito positivos"
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, escusou-se a comentar a declaração feita pela "troika", esta quarta-feira, sobre a execução do programa de ajuda externa a Portugal, mas adiantando que antecipava os resultados como "muito positivos".
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"Acabei de aterrar. Não tive ainda possibilidade de ver o texto da declaração que foi emitida e o memorando que foi apresentado", disse, à chegada a Luanda, para uma visita oficial a Angola. Pedro Passos Coelho antecipou, contudo, os resultados, classificando-os como "extremamente positivos".
"As indicações que tinha esta manhã, quando saí de Lisboa, eram extremamente positivas quanto à avaliação que estava a ser efectuada. Todos os tópicos relevantes que tinham sido alvo de avaliação, tinham merecido uma nota extremamente positiva", acrescentou.
Daí que, continuou, as indicações disponíveis apontem para que "todos os tópicos considerados estruturantes do memorando, seja em termos quantitativos, seja em termos materiais, tinham tido uma avaliação extremamente positiva".
Pedro Passos Coelho disse, ainda, que, à semelhança do que sucedeu na avaliação de Agosto passado, "como em todos os reexames, se assim posso dizer, que irão ocorrer para o futuro, há sempre pequenos ajustamentos que são realizados".
O chefe do Executivo deixa Angola na próxima sexta-feira de manhã e nesta visita, em que está acompanhado do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Brites Pereira, além de encontros com o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e com o presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma, visitará as obras do novo edifício do parlamento angolano.
O programa da estada de Passos Coelho em Angola inclui visitas à Escola Portuguesa de Luanda e às obras de requalificação da Baía de Luanda, deslocando-se a seguir ao Museu Nacional de História Militar, na Fortaleza de São Miguel.
Ao fim da tarde de quinta-feira, o primeiro-ministro participa num encontro empresarial Portugal-Angola, no Centro Cultural Português, situado no edifício da Embaixada de Portugal.
O último ponto do programa da visita oficial é o encontro com Isaías Samakuva, presidente do maior partido da oposição em Angola, a UNITA.