As confederações patronais e sindicais vão insistir, esta terça-feira, com o Governo para que haja uma atualização do Salário Mínimo Nacional, com os patrões a defender a proteção de setores mais expostos à concorrência internacional.
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Os parceiros estão reunidos com o Governo em sede de Concertação Social, com a agenda das políticas de crescimento económico e do Salário Mínimo Nacional (SMN) em cima da mesa.
À entrada da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que o encontro irá servir de "tira teimas" para perceber até que ponto os patrões estão dispostos a subir o SMN.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, por sua vez, acredita que irá ser feita uma "discussão séria sobre o assunto".
Para Saraiva, há no entanto "setores que estão bem e outros que estão mal", sendo por isso necessário apoiar neste processo aqueles que estão "mais expostos à concorrência internacional", nomeadamente o têxtil.
"Não vejo que possamos fazer aumentos imediatamente, mas sim calendarizar metas, definir objetivos e monitorizar", defendeu.
Também o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, defendeu uma solução "faseada" mas considera existirem condições para "completar o acordo de 2006 (que previa a subida do SMN até aos 500 euros em 2011) e atualizar o SMN, pois "sem um incremento mínimo do consumo não há possibilidade de sair da crise económica".
Também o secretário geral da UGT, João Proença, defendeu a atualização "imediata" do SMN, referindo que o Governo tem estado de "má fé" nas negociações com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), uma vez que "nunca chegou a discutir este assunto" à mesa das negociações internacionais.