O PCP defendeu, esta quarta-feira, que o Governo da maioria PSD/CDS-PP tem de cumprir o acordo sobre o aumento do salário mínimo, estabelecido em 2011 na concertação social porque "ninguém encostou arma à cabeça a ninguém".
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"O que o Governo tem de fazer é cumprir o acordo que obrigava que o salário mínimo, em 2011, fosse de 500 euros. Tem de aumentá-lo rapidamente. Há um acordo de concertação social, assinado por todas as partes. Ninguém encostou uma arma à cabeça de ninguém", afirmou o deputado do PCP Jorge Machado, em conferência de imprensa, no Parlamento.
O parlamentar comunista tinha sido questionado sobre se o seu partido ponderava responder ao anúncio desta quarta-feira do primeiro-ministro, Passos Coelho, que disse que o seu executivo está disponível para, em 2014, chegar a um compromisso com os parceiros sociais sobre o salário mínimo nacional.
"Esse acordo foi livremente negociado e aceite por todos os parceiros sociais e esse acordo vale. O salário mínimo nacional de 485 euros brutos é inaceitável, imoral, indecoroso para um Estado de direito democrático. Atira para a pobreza milhares e milhares de trabalhadores que, trabalhando, não têm condições para sobreviver", concluiu.