O 308 é uma das gamas de maior sucesso da Peugeot em Portugal A estética e o comportamento em estrada rigoroso, mas divertido, são duas das razões para tal, a que se junta, agora, a motorização elétrica, apresentada recentemente em Tarragona.
Corpo do artigo
Os 308 (berlina e carrinha, denominada SW) são movidos por um motor elétrico novo, que desenvolve 115 kW (156 cv) e oferece uma autonomia que a marca anuncia superior a 400 quilómetros (ciclo WLTP). Acresce que a SW é a primeira carrinha 100% elétrica oriunda de um fabricante europeu e reforça a aposta da Peugeot neste formato de carroçaria, onde domina o mercado português pois esta variante é a SW mais vendida e de todos os segmentos.
O que se explica facilmente pelo arrojo estético do exterior e do interior, pelo bom nível de equipamento e qualidade de acabamento. A que se juntou uma dinâmica envolvente, independentemente da motorização escolhida.
Todas essas qualidades se mantêm nas versões elétricas, que poucas diferenças estéticas apresentam para as com motorizações térmicas e híbridas, a que se junta a economia permitida pelo motor elétrico.
A marca anuncia consumo médio em ciclo combinado WLTP de 15 kWh/100 km para a berlina e de 15,1 kWh/100 km para a SW. Nós conseguimos, respetivamente, 13,3 kWh e 13,5 kWh num trajeto que alternava auto-estrada, alguma (pouca) cidade com estradas de montanha.
Foi nestas últimas que percebemos o aprumo dinâmico dos 308 elétricos, que pouco ou nada fica a dever às versões com motores térmicos. Um facto a que não é alheio o baixo centro de gravidade conseguido pela colocação das baterias no piso.
O 308 utiliza uma bateria de alta tensão de 54 kWh (51 kWh úteis) com uma nova composição química que resulta numa fórmula final de 80% Níquel, 10% Manganês e 10% Cobalto, funcionando a 400 volts.
Equipamento
A bordo dos e-308 muita tecnologia, sendo a mais visível um i-Cockpit mais evoluído, com um volante compacto – que não facilita a vida na hora de regular a posição de condução, pois chega a impedir a leitura de alguns das informações - e um painel de instrumentos digital de 10”, personalizável e sendo tridimensional na versão GT.
A mesma medida tem o ecrã central tátil, que suporta o novo sistema de infoentretenimento da Peugeot, com navegação e o Android Auto e Apple CarPlay, entre outras funções. Em termos dinâmicos, o condutor pode selecionar os modos de condução ECO, Normal e Sport) e, ao dispor de um modo “Brake”, podemos aumentar a desaceleração ao libertar o pedal do acelerador, de modo a otimizar a recuperação de energia. Nas descidas o seu funcionamento assemelha-se ao travão motor permitido por uma caixa de velocidade convencional.
Tecnologicamente, os novos Peugeot dispõem diversas ajudas à condução, incluindo o controlo de velocidade adaptativo com função Stop & Go, monitorização de longo alcance do ângulo morto (75 metros) ou o alerta de tráfego traseiro, que alerta para potenciais perigos ao fazer marcha atrás.
Os preços da berlina são de 42.200 euros (versão Allure) e de 44.100 euros (versão GT). Nas mesmas versões a SW custa 43 mil e 45.100 euros, respetivamente.
Novo 208
A Peugeot aproveitou para mostrar, também, um 208 renovado que, na versão elétrica dispõe agora do motor com 156 cavalos (homologada para uma autonomia de 425 quilómetros), sendo que a versão de 136 apenas chega ao mercado em março de 2024.
A frente foi renovada, com uma assinatura luminosa que acentua o caráter”felino” da marca, assim como o interior, que segue a linguagem do 308.
O 208 chega como motorizações a gasolina de 75 (18.760 euros), 100 cavalos (19.910 euros), uma híbrida de 100 cavalos (22.610 euros) e elétricas de 156 (33 mil euros) e 136 cavalos, esta ainda sem preço definido.