Os pilotos e as tripulações da transportadora aérea espanhola Iberia anunciaram, esta sexta-feira, uma greve de 24 dias, incluindo a Páscoa, em oposição à criação de uma filial de preços baixos, Iberia Express.
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Segundo a AFP, o sindicato dos pilotos SEPLA especificou que os 24 dias serão distribuídos entre 16 de março e 28 de maio.
"Os pilotos decidiram aumentar o número de dias de greve, devido à recusa da direção em negociar", conforme um comunicado do sindicato, que afirma que o lançamento da filial de preços baixos destruiria oito mil empregos.
O sindicato do pessoal de cabine STAVLA divulgou a sua intenção de se juntar à greve e considerou "necessário e indispensável apelar a novos dias de greve e intensificar a ação durante a Semana Santa".
A direção da companhia aérea, que garante que o lançamento da Iberia Express não afetará em nada as condições salariais e de trabalho dos seus empregados, lamentou este apelo à greve.
Em comunicado, estimou que a greve "comprometia a viabilidade da empresa" e ameaçava "o turismo, bem como a imagem, a credibilidade e a solvabilidade de Espanha".
Os empregados da Iberia já cumpriram várias jornadas de greve nos últimos meses contra o projeto da filial a baixos preços, o que provocou várias anulações de voos.
A Iberia Express, que realizará o seu primeiro voo em 25 de março, deve operar voos de curta e média distância na Europa, um segmento deficitário para a Iberia, que integra agora o grupo International Airlines Group (IAG), desde a sua fusão com a British Airways, em janeiro de 2011.
A Iberia tem cerca de 20 mil empregados, dos quais 1500 pilotos, 3500 membros de pessoal de cabina e 15 mil trabalhadores no solo.
A Iberia Express quer lançar um serviço de correio aéreo de curta e média distância, em 25 de março, na Europa.