A nova campanha do Pirilampo Mágico já está aí e até ao final do mês aguarda pela participação de todos. Em causa estão 80 instituições que trabalham com 16 mil pessoas com deficiência intelectual.
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A iniciativa tem lugar até ao próximo dia 25 e nesta sua 28.ª edição o amiguinho mágico veste-se de lilás e custa dois euros, para continuar a sensibilizar para a qualidade das respostas dadas às pessoas com deficiência intelectual. Segundo Rogério Cação, diretor executivo da FENACERCI, o produto do evento "ajuda na aquisição de equipamentos, na adaptação de instalações, na compra de viaturas para transporte dos utentes, e até na compensação do défice das organizações".
O Pirilampo tem, assim, um papel fundamental na recolha de fundos, mas "ajuda também a mostrar o outro lado da pessoa com deficiência, evidenciando que tem competências, tem sonhos e pode participar", defende aquele diretor.
Três décadas de história
Esta é uma história com quase três décadas e teve o seu início em 1986, na noite de 2 para 3 de setembro, num programa de rádio da RDP - Antena 1, onde foram abordadas as dificuldades da CERCI Lisboa. É dali que sai a ideia de uma campanha que abrangesse todas as CERCI aberta, depois, oficialmente, a 11 de março de 1987.
O Pirilampo Mágico transformou-se, desde logo, numa das campanhas de solidariedade mais participadas em Portugal e, desta vez, o seu mote é a esperança. Rogério Cação assevera que "é preciso construir um futuro, é preciso ter esperança, não concebida em planos teóricos, mas sim em projetos concretos".
E, concretamente, todo o apoio dado pode aliviar os grandes desafios pelos quais as CERCI estão a passar atualmente. O maior deles, revela, "é a ausência de resposta residencial, porque há uma lista de espera muito grande para conseguir um lugar. Muitas destas pessoas com deficiência intelectual não têm para onde ir".
Aumentam os pedidos
Outro problema é também "a não existência de vagas para o apoio ocupacional". Numa altura de crise, "os mais vulneráveis são os mais atingidos e tem havido mais pedidos de apoio". Rogério Cação afirma, porém, que ficar amarrado às dificuldades não é uma opção e que o Pirilampo "é uma ferramenta ao serviço da esperança".
A ideia é sempre fortalecer as CERCI e as suas estruturas educativas, as unidades de emprego protegido, os centros de atividades ocupacionais, as unidades residenciais, o apoio domiciliário, entre outras valências. Neste sentido, e até ao dia 25, multiplicam-se as iniciativas das CERCI pelo país. O diretor executivo da FENACERCI explica que "cada CERCI, ou cada entidade participante, tem uma zona atribuída, informando à partida quantos pirilampos quer vender. Depois, a venda e os lucros conseguidos nessa região são só para eles".
O trabalho dos artistas
Em Peniche, até ao dia 25, o Bar do Quebrado mostra os trabalhos dos utentes das Atividades Ocupacionais da CERCI.
CERCI associadas à Fenacerci
Pirilampos feitos por alunos
Entre 23 e 25 de maio, o Fórum Montijo, no Montijo, mostra a exposição "Como Brilha o Teu Pirilampo" levada a cabo pela comunidade educativa.
Uma caminhada pela serra
A campanha termina com vários eventos, um deles é uma caminhada, no dia 25 de maio, denominada "Caminhada Pirilampo Mágico", pela serra da Arrábida, em Setúbal.
A Fenacerci tem como missão promover a qualidade e sustentabilidade das respostas das suas associadas.
