O Tesouro português colocou, esta quarta-feira, mais 1750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, a totalidade do montante pretendido, garantindo um juro mais baixo na maturidade a 12 meses.
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Foram colocados 1250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com vencimento a 23 de maio de 2014 (12 meses) em troca de uma taxa de juro de 1,232%, inferior à praticada numa operação semelhante realizada em abril (1,394%). A oferta foi 2,2 vezes superior à procura.
Na emissão a seis meses, foram colocados 500 milhões de euros com uma taxa de juro média de 0,811%, tendo a procura excedido a oferta 1,8 vezes. No anterior leilão com esta maturidade, realizado a 21 de novembro, os investidores cobraram 2,169% de juros.
O analista Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, afirmou que "os dois leilões correram bem e as taxas desceram de acordo com as praticadas no mercado secundário", com uma procura dentro da média.
Quanto às taxas de juro praticadas "se é verdade que para a República Portuguesa estas taxas são relativamente baixas", em comparação com outros países os custos de financiamento mantêm-se elevados.
"Se olharmos para a Alemanha, que paga 1,3% a 10 anos , ou para a França que paga 1,8% a 10 anos, percebemos a distância nos custos de financiamento destes países: a Alemanha paga a 10 anos aquilo que Portugal paga para se financiar a um ano. Contudo, podemos dizer que a emissão correu bem, com as taxas a descer e com a procura a manter-se", comentou.