Portugal continua a apresentar "desequilíbrios macroeconómicos", sobretudo devido a um abrandamento do ajustamento externo, concluiu a Comissão Europeia, após uma análise aprofundada no quadro do semestre europeu de coordenação de políticas económicas.
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Segundo o executivo comunitário, Portugal tem feito progressos na correção de desequilíbrios, designadamente ao nível da redução da dívida, quer pública quer privada, e também do crédito malparado, mas, a nível externo, a posição de investimento internacional "continua a ser uma das mais negativas da UE" e as perspetivas são de que "o ajustamento externo abrande substancialmente".
Em dezembro passado, por ocasião da adoção do "pacote de outono" do semestre europeu, o executivo comunitário adotou o Relatório sobre o Mecanismo de Alerta, que identificou 13 Estados-membros que, segundo Bruxelas, mereciam ser alvo de "análises aprofundadas" por apresentarem desequilíbrios económicos, tendo as conclusões dessa análise sido divulgadas esta quarta-feira, no âmbito do "pacote de inverno".
Destes 13 países - que incluem as cinco maiores economias europeias -, Bruxelas concluiu que apenas um, a Bulgária, já não experimenta desequilíbrios, enquanto nove continuam a registar "desequilíbrios" (Alemanha, França, Espanha, Holanda, Irlanda, Portugal Croácia, Roménia e Suécia) e três apresentam "desequilíbrios excessivos", designadamente Itália, Grécia e Chipre.