
Steven Governo/Global Imagens
Portugal emitiu 3 mil milhões de euros de dívida pública com prazo a 10 anos, pagando uma taxa total, incluindo todos os custos associados, de 5,669%, enquanto a taxa de juro que será paga anualmente será de 5,65%.
Segundo a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, a taxa de juro que será paga para o total da operação mais os juros anuais dá um custo de 5,669%, enquanto o juro do cupão que fica associado à linha de obrigações a pagar anualmente se fixa nos 5,65%.
Para a governante o resultado significa que "Portugal regressou hoje aos mercados de dívida de longo prazo" e que este regresso ao mercado se explica porque no ver do Governo "Portugal emitiu em todos os pontos relevantes da curva de rendimentos", em referência à emissão de dívida a 5 e agora a 10 anos.
Esta é uma nova linha de obrigações do tesouro, o que significa um instrumento criado do zero e que poderá então receber mais dívida caso o IGCP decida fazer leilões de reabertura de linha.
Nesta operação sindicada, 86% dos investidores que compraram esta dívida são estrangeiros, dos quais 5% são bancos centrais e 12% fundos de pensões e companhias de seguros.
A secretária de Estado do Tesouro afirmou que com os resultados da emissão de dívida a 10 anos realizada esta terça-feira "está confirmado que o programa terminará em junho de 2014" como estava previsto.
"Entendemos que com o cumprimento do programa que temos seguido até aqui, com o processo de consolidação orçamental e com este passo decisivo de regresso aos mercados, está confirmado que o programa terminará em junho de 2014", afirmou Maria Luís Albuquerque.
A governante fez questão de sublinhar que no entender do executivo a curva de rendimentos está reconstruída.
"Emitimos em todas as maturidade relevantes, estamos de facto de regresso aos mercados, claramente comprovado com esta emissão", disse ainda.
Maria Luís Albuquerque considera também que nesta altura Portugal tem condições para passar a fazer leilões regulares de dívida em prazos mais longos, apesar de Portugal só ter feito uma emissão de dívida com prazo a cinco anos e outra a 10 anos desde que pediu assistência financeira ao Fundo Monetário Internacional e à Comissão Europeia, em abril de 2011.
