A pouco menos de um mês do fim do ano, mais de metade da frota já parou. Peixe é pequeno e ninguém o quer. Vão sobrar quase 10 mil toneladas da quota.
Corpo do artigo
Depois uma década a lutar por mais quota de sardinha, sobraram, em 2022, quase cinco mil toneladas e, este ano, vão sobrar mais de dez mil. A sardinha está pequena, muito barata e, muitas vezes, sem comprador. Metade da frota já parou e os pescadores estão desiludidos.
“Entre Viana do Castelo e Aveiro, está tudo amarrado ao cais. A sardinha é muita, mas é pequena: 27, 30, 32 peças por quilo [quando a sardinha é grande, um quilo tem 12 a 14 peças] e ninguém a quer. Já havia barcos a deitar sardinha fora”, explicou ao JN Carlos Cruz, o presidente da Apropesca - Organização de Produtores da Pesca Artesanal, sediada na Póvoa de Varzim. Nos últimos meses, alguns barcos ainda rumaram a sul para Peniche ou para Sesimbra. Valeu-lhes o carapau, a cavala e algum biqueirão.