O presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, afirmou, esta segunda-feira, que 2012 foi "um ano muito difícil", realçando que a petrolífera registou resultados positivos devido à reduzida dependência da Península Ibérica onde houve um "tsunami" nos mercados energéticos.
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"Passámos um ano muito difícil", afirmou Ferreira de Oliveira, em declarações aos jornalistas, comentando o contexto adverso de quebra generalizada no mercado dos produtos petrolíferos em Portugal e em Espanha, que se estendeu aos mercados de gás natural e eletricidade, refletindo "a realidade económica que se vive na Península Ibérica".
Ferreira de Oliveira explicou que "o que protegeu a Galp do tsunami que se vive é que apenas 35% dos resultados da empresa são provenientes da Península Ibérica".
O presidente da Galp adiantou que o consumo de produtos petrolíferos em Portugal e Espanha está em "queda abrupta" desde 2005, estando hoje "em valores próximos da década de 90".
O lucro ajustado da Galp Energia aumentou 43% em 2012, para 359 milhões de euros, impulsionado pela produção de petróleo e gás no Brasil, pela melhoria das margens de refinação e pelo comércio de gás natural.
De acordo com os dados enviados pela petrolífera à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a a empresa lucrou, no ano passado, mais 108 milhões do que em 2011, com a produção no Brasil a mais que duplicar no ano passado.