O presidente do BCP, defendeu, na abertura da assembleia-geral de accionistas, no Porto, que "apenas os mais ágeis e transparentes sobrevivem às grandes crises", realçando que o aumento do capital próprio "deixa o banco mais forte para beneficiar de futuras oportunidades do sector".
Corpo do artigo
Carlos Santos Ferreira defendeu que o aumento de capital da instituição, que vai ser decidido, esta segunda-feira, "contribui para a salvaguarda da independência estratégica" e vai deixar "o banco mais forte para participar e beneficiar em futuras oportunidades no sector".
Os accionistas do BCP reúnem-se no Porto, na assembleia-geral anual do banco, que vai ser dominada pelas decisões relativas à provável reeleição da equipa de gestão liderada por Carlos Santos Ferreira, bem como pela proposta de um aumento de capital até 1,37 mil milhões de euros proposto por um grupo de accionistas de referência, entre os quais a EDP e a Sonangol.
Carlos Santos Ferreira considerou que "neste momento, o capital é elevado, o mais elevado da década", mas, contrapôs, "será discutível se chega para os tempos que aí vêm".
Na reunião geral de accionistas, que conta com 53,27% do capital representado, o presidente do BCP lembrou que "os desafios têm gerado uma pressão para o aumento do capital para atingir um (rácio de capital) 'tier 1' de oito por cento até 2010 e agora os testes de 'stress' geram à volta do core tier 1".
Carlos Santos Ferreira garantiu que "a desalavancagem já se iniciou, através de venda de activos em carteira e da redução do crédito".
O Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto é palco do encontro que é decisivo para o futuro próximo do banco, sobretudo numa altura em que os bancos portugueses estão com o acesso ao mercado de financiamento fechado, recorrendo à liquidez fornecida pelo Banco Central Europeu (BCE), e quando está a ser negociado o pacote de ajuda financeira internacional a Portugal.