A Associação dos Profissionais da Guarda considerou, esta quarta-feira, "uma verdadeira afronta" o relatório do FMI, que representa uma ameaça à segurança pública nacional.
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"Obviamente que o FMI anda longe de ter em conta os melhores interesses da segurança pública nacional e a tranquilidade das populações, por isso, só isso explica que se considere que há elementos em excesso nas forças de segurança", refere a APG, numa nota.
O Jornal de Negócios divulga, esta quarta-feira, um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), encomendado pelo Governo português, sobre o corte nas funções do Estado, no qual são propostos o aumento das taxas moderadoras, a dispensa de 50 mil professores e um corte em todas as pensões.
O documento indica também que há classes profissionais, entre as quais os elementos das forças de segurança, que "têm demasiadas regalias" e existem em "número excessivo".
"As forças de segurança representam cerca de 17 % do emprego público e a densidade das forças policiais (470 por cada 100 mil habitantes) está entre as mais altas da Europa", refere o relatório.
Para a APG, o documento do FMI é "uma ameaça à segurança" e revela "um total desconhecimento do défice de elementos afetos à atividade operacional".
Segundo a APG, os militares da GNR têm cada vez mais dificuldades em combater a criminalidade, não têm horário de serviços e os meios necessários.
A APG/GNR considera ainda o documento "uma verdadeira afronta", e manifesta "repulsa" pelo seu conteúdo, admitindo realizar ações de protesto que justifiquem defender os interesses, direitos e condições de serviço dos militares da GNR.