O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse que acredita que com o programa da 'troika' as empresas presentes na Bolsa de Nova Iorque "estarão em melhores condições para ultrapassar as dificuldades".
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Teixeira dos Santos, que falava na cerimónia de apresentação do 'Portugueses Day' na Bolsa de Nova Iorque, acrescentou que está convencido que Portugal "vai dar à volta às dificuldades" e que as empresas hoje presentes em Wall Street "são um indicador do esforço da economia portuguesa e um exemplo para outras empresas" que não estão ali presentes.
"Acredito que com o programa da 'troika' teremos melhores condições para as empresas portuguesas terem um futuro", disse.
O ministro das Finanças, ao receber do representante da Bolsa de Nova Iorque, Jim Cutlern, uma estatueta do touro (que representa a agressividade nos mercados) afirmou que o que "Portugal precisa é de um touro para dar um sinal de confiança".
Uma delegação de 14 empresas cotadas na Euronext de Lisboa, juntamente com o ministro das Finanças, acabam de fazer o 'opening bell' [abertura] da New York Stock Exchange (NYSE) em plena Wall Street, com a intenção de dar a conhecer as oportunidades aos investidores norte-americanos.
Esta acção, promovida pela Euronext Lisboa e pelo Banco Português de Investimento, decorre num contexto em que Portugal está em missão de resgate da União Europeia e do FMI.
O dia de Portugal na Bolsa de Nova Iorque conta com a participação, entre outros, de Vasco de Mello (Brisa), Manuel Ferreira de Oliveira (Galp), Rui Cartaxo (REN), Carlos Duarte de Almeida (Banif), Paulo Fernandes (Altri), Ana Maria Fernandes (EDP Renováveis) e Francisco Lacerda (Cimpor).
O presidente da NYSE Euronext Lisboa, Luís Laginha de Sousa, disse à Lusa que, com a terceira edição do evento, as empresas portuguesas têm uma oportunidade de "ultrapassar e tornear alguns dos constrangimentos" de financiamento que o actual momento económico não permite.
"Um país não tem só um lado negativo e Portugal tem muitos aspectos dos quais se pode orgulhar", referiu o presidente da Euronext Lisboa, acrescentando que o 'Portuguese Day' pode "reforçar a ideia de que Portugal continua a ter oportunidades e continua a ser um país viável e deve merecer a atenção dos investidores".
Luís Laginha de Sousa frisou que a Bolsa de Lisboa começou a dinamizar estas iniciativas em Nova Iorque "a partir do momento em que o grupo Euronext, a qual a Bolsa de Lisboa pertence, se fusionou com a NYSE", acrescentando que "foi um dos benefícios do facto da bolsa portuguesa estar integrada num grupo mundial de bolsas".
Para o presidente da NYSE Euronext Lisboa, "o acréscimo de visibilidade permitiu-nos colocar as empresas portuguesas naquele que é considerado um dos palcos financeiros de maior relevância a nível mundial".