O PSD considerou, esta segunda-feira, que a execução orçamental deste ano é "arriscada", porque as receitas continuam em queda, mas defendeu que o que depende do Governo, o controlo da despesa pública, está a ser feito.
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"As receitas têm uma ligeira recuperação face ao mês anterior, mas continuam ainda em queda, o que torna arriscada a execução do presente ano, mas aquilo que depende do Governo está a ser feito de forma competente: a queda da despesa, quer a despesa primária, quer a despesa total, é algo que há muito tempo não acontecia em Portugal", afirmou o deputado do PSD Duarte Pacheco aos jornalistas, no Parlamento.
Num comentário aos dados da execução orçamental do primeiro semestre deste ano hoje divulgados pela Direção-Geral do Orçamento, Duarte Pacheco acrescentou: "Nós sempre dissemos que os riscos são acrescidos, e esses riscos acrescidos aumentam a determinação em encontrar soluções que permitam alcançar as metas com que o país, o Governo e Portugal estão comprometidos".
Em seguida, questionado sobre a necessidade de novas medidas para assegurar o cumprimento das metas orçamentais definidas para este ano, face à queda das receitas, o deputado do PSD escusou-se a responder.
Na sua intervenção, em nome do PSD, Duarte Pacheco destacou a evolução da despesa pública: "As despesas do Estado, da Segurança Social, a despesa global está controlada, a despesa primária está em queda. Isto evidencia que aquilo que era capacidade do Governo está a ser feito, e o saldo está mesmo abaixo do limite daquilo que estava estabelecido para o primeiro semestre".
Por outro lado, o social-democrata sublinhou que "a queda na receita já está a reduzir", está a "desacelerar", o que apontou como um sinal positivo e um indicador de que as medidas incluídas no Orçamento do Estado para 2012 estão progressivamente a produzir efeitos.
"O Governo e o PSD, que o apoia, estão determinados em cumprir as metas com que se comprometeram perante os portugueses, e essa determinação só sai redobrada de todas as dificuldades que podem surgir, quer interna, quer externamente", acrescentou.