O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na terça-feira estar "animado" com a abordagem da Europa à crise, mas confessou que gostaria que o G20 tivesse prestado mais atenção à questão da dívida norte-americana.
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"Estou animado com a abordagem da Comissão Europeia, com quem raramente concordamos, e dos principais países da zona euro sobre como planeiam resolver os problemas que enfrentam", disse Putin numa conferência de imprensa no final da cimeira do G20, no México.
O presidente russo salientou que "se pode esperar que a situação mude para melhor, apesar de as causas institucionais para a crise ainda estarem aí".
Vladimir Putin lamentou, no entanto, a falta de clareza sobre o futuro do dólar norte-americano.
"Se mantivermos [metade das reservas] em dólares e títulos dos EUA, gostaríamos de saber o que vai acontecer com o dólar depois das presidenciais norte-americanas", realçou o responsável.
Ao apontar que a dívida dos EUA ascende a "15 biliões de dólares", Putin questionou: "O que vai acontecer à principal moeda de reserva do mundo? Para o que é que nos devemos preparar?", apontando que "estas são as questões que deveriam ter estado no centro das atenções do G20".
Putin acusou anteriormente os EUA de serem "parasitas" da economia mundial devido à sua elevada dívida.
"Gostava de sublinhar que o G20 toma decisões que afetam todos os países do mundo. E não tem o direito de ter apenas em consideração as suas próprias posições e interesses", concluiu o presidente russo.