A taxa de desemprego subiu no terceiro trimestre para os 12,4%, face aos 12,1% observados no trimestre anterior, com o número de desempregados a aproximar-se dos 700 mil, divulgou o Instituto Nacional de Estatística, esta quarta-feira.
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De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego aumentou assim, em termos trimestrais, 0,3 pontos percentuais.
Entre Julho e Setembro, o INE contabilizou 689,6 mil desempregados, uma subida de 2,2% face ao trimestre anterior.
Os números do INE não comparam períodos homólogos, uma vez que a metodologia utilizada para o cálculo da taxa de desemprego foi recentemente alterada pelo INE.
No entanto, no terceiro trimestre de 2010, altura em que a taxa de desemprego chegava aos 10,9%, foi amplamente noticiada a ultrapassagem da barreira histórica das 600 mil pessoas sem trabalho.
Depois da descida em 0,3 pontos percentuais observada no trimestre passado, o número divulgado, esta quarta-feira, retoma assim o ciclo de subidas da taxa de desemprego em Portugal iniciado em 2008, altura em que a taxa de desemprego se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.
Baixou desemprego de longa duração
Segundo o INE, para a variação homóloga da população desempregada contribuiu nomeadamente o aumento do número de mulheres desempregadas (8,9 mil) que explicou 61% da variação ocorrida no desemprego total.
O número de homens desempregados também aumentou (5,8 mil), mas menos.
O número de desempregados à procura do primeiro emprego contribuiu também para a subida da taxa de desemprego, com 8,9 mil pessoas.
Já o número de desempregados à procura de novo emprego registou um aumento menor (5,7 mil), tendo origem essencialmente no sector dos serviços.
O número de desempregados à procura de novo emprego há menos de 11 meses subiu 10,1% para 333,2 mil pessoas.
O desemprego de longa duração (12 e mais meses), por sua vez, baixou em 15,9 mil indivíduos, destaca o INE.
Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas no terceiro trimestre do ano foram registadas nas regiões de Lisboa (14,6%), Madeira (14,3%), Algarve (13,3%) e Norte (12,7%).
Os valores mais baixos, por sua vez, foram observados no Centro (9,4%), Açores (11,6%) e Alentejo (12,3%).
Face ao trimestre homólogo, o desemprego aumentou em todas as regiões à excepção do Centro e do Algarve, onde diminuiu.