
Portugueses consomem mais produtos das cadeias de distribuição
Pedro Correia/Global Imagens
A quota de mercado das marcas de distribuição subiu 1,3 pontos percentuais no ano passado, face a 2011, para 37%, de acordo com o barómetro de vendas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.
Corpo do artigo
A quota de mercado das marcas de fabricante era de 63% no final de 2012, contra 64,3% um ano antes.
Na conferência de imprensa de apresentação do barómetro de 2012, a diretora-geral da APED considerou que no futuro "as marcas de distribuição vão migrar para fora das prateleiras".
Ou seja, "o futuro vai trazer retalhistas donos de marcas que são vendidas também noutras lojas", considerou Ansa Isabel Trigo Morais.
"Há claramente uma tendência, o modelo de negócio [da marca de distribuição] vai muito além do negócio retalhista", disse.
"Os retalhistas desenvolveram um portefólio, há marcas que estão além das insígnias", explicou.
Isso abre a possibilidade de as marcas avançarem para outros mercados, internacionalizarem-se.
"É uma mudança que está a aparecer devagar e terá um impacto no futuro", lembrando que atrás destas estarão os fornecedores e as Pequenas e Médias Empresas (PME), que irão beneficiar com a tendência.
As vendas da distribuição em Portugal caíram 1,9% no ano passado, face a 2011, para 20.636 milhões de euros.
No segmento alimentar, as vendas aumentaram 1,3% para 12.451 milhões de euros, enquanto no não alimentar registou-se uma quebra de 6,4% para 8.185 milhões de euros.
Em termos de consumo dos lares, no ano passado o volume de vendas aumentou 1,3%, com o preço médio, excluindo promoções ou descontos, a subir 7,4% e os atos de compra a praticamente estagnarem (0,2%).
O gasto por cada ato de compra subiu 6,0% no ano passado.
