A OCDE considera que as reformas estruturais desenvolvidas na Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha constituem uma "base sólida" para a recuperação da competitividade e para a promoção do emprego.
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No seu relatório com as perspetivas económicas a curto prazo, publicado esta quinta-feira em Paris, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sustenta que os resultados dessas reformas serão visíveis assim que houver uma recuperação da procura.
A OCDE estima que os custos a curto prazo desses ajustes estruturais irão diminuindo à medida que a concessão de crédito for recuperando nos países mais endividados e defende que as reformas ajudarão a reequilibrar a atividade e a procura nas economias excedentárias.
Para a organização, embora o crescimento nos países da zona euro seja dececionante, "o reequilíbrio subjacente da economia está em marcha". Mas é preciso ainda dar tempo ao processo", consideram os autores do relatório.
A OCDE acredita ter-se já dado um "avanço considerável na redução dos défices estruturais e, na maior parte dos países da Zona Euro, ter-se já aplicado a maior parte do ajuste fiscal necessário".
No seu relatório, os peritos da OCDE abordam ainda a recente crise cipriota e avisam que "se terá que avançar rapidamente na aplicação de um sistema geral de supervisão bancária, com mecanismos claros de resolução da crise e de apoio".
"A recente crise cipriota, embora seja um caso excecional, mostra como é importante abordar as crises bancárias de maneira discreta e decidida, mas também por em ação as instituições adequadas na Zona Euro para manter a estabilidade do sistema bancário", conclui-se no documento.