O Governo aprovou esta quinta-feira a requisição civil dos trabalhadores da TAP para minimizar o impacto da greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro. A ordem abrange 70% dos trabalhadores e garante a realização de todos os voos previstos para os quatro dias de paralisação.
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A requisição civil aprovada, esta quinta-feira, pelo Governo abrange cerca de 70% dos trabalhadores da TAP, permitindo realizar todos os voos previstos para os quatro dias da greve, afirmou o ministro da Economia.
De acordo com Pires de Lima, os 1141 voos programados para os dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro vão realizar-se, manifestando confiança que os trabalhadores do grupo abrangidos pela requisição respeitarão a decisão do Governo.
"Temos a legitima expectativa como Governo (...) que esta requisição seja respeitada e tiraremos as devidas consequências de qualquer desrespeito que eventualmente se viesse a fazer relativamente a esta decisão", declarou o governante, que considera que a atuação do Governo como legal.
Em declarações aos jornalistas, no final do Conselho de Ministros, Pires de Lima defendeu que "os portugueses não compreendem a greve", convocada por 12 sindicatos, e que "menos compreenderiam um eventual desrespeito pela requisição civil".
"Uma situação excecional exige uma tomada de medida excecional", defendeu Pires de Lima, ministro da Economia, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, que decidiu por unanimidade decretar a requisição civil.
O governante defendeu que "o Estado não pode ficar indiferente a este momento especial", considerando que o interesse público deve prevalecer sobre os interesses particulares.
"Estamos confiantes na bondade da decisão que acabamos de tomar", acrescentou.
Ontem, a CGTP já tinha acusado o Governo de estar a ser precipitado se avançasse com uma requisição civil na TAP, uma vez que, segundo Arméno Carlos, se trata de uma medida "ilegal" que vai contra o direito à greve.