O antigo administrador do Banco Espírito Santo José Maria Ricciardi revelou, esta terça-feira, no Parlamento que a liderança do banco e do Grupo Espírito Santo estava concentrada nas mãos do seu primo, Ricardo Salgado.
Corpo do artigo
"Toda a gente sabe que, quer o BES, quer o GES, tinham uma liderança completamente centralizadora", afirmou o responsável perante a comissão de inquérito ao caso BES.
"Fico muito surpreendido agora em saber que ninguém sabia de nada e que essa liderança era completamente alheia a tudo o que se passava", disse Ricciardi.
Segundo José Maria Ricciardi, "a liderança do grupo, em vez de enfrentar os problemas, adiava-os e dissimulava-os e, como se costuma dizer, ia empurrando para a frente", o que levou ao colapso do GES.
"Quando chegámos a 2013 já era muito difícil resolver os problemas. Mas era possível salvar o BES", considerou.