A Ryanair cancelou 300 voos devido à greve dos controladores aéreos franceses. A decisão deverá afetar ligações a Portugal.
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A companhia aérea de baixo custo "anunciou o cancelamento de mais de 300 voos, devido à greve dos controladores aéreos franceses", que tem lugar esta quinta-feira. "Esta situação deve-se ao facto de a França não ter protegido" os voos que passam pelo seu espaço aéreo "durante as suas greves aéreas nacionais", referiu o grupo em comunicado
Segundo a Ryanair, apesar de a greve ser dos controladores aéreos franceses, "a maioria dos passageiros afetados não voa de/para França, mas sobrevoa espaço aéreo francês a caminho do seu destino (por exemplo, Reino Unido, Grécia, Espanha, Itália)", assegurando que a "legislação francesa protege injustamente os voos domésticos".
A Ryanair apelou à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, "para que tome medidas urgentes para proteger" os voos afetados pela greve, "o que não tem feito nos últimos cinco anos".
"Os controladores aéreos franceses são livres de fazer greve, é um direito que lhes assiste, mas deviam ser cancelados os voos franceses e não os voos que saem da Irlanda e vão para Itália, ou os voos da Alemanha para Espanha ou da Escandinávia para Portugal", disse o presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, citado na mesma nota.
"A Comissão Europeia, sob a direção de Ursula von der Leyen, não tomou, durante cinco anos, qualquer medida para proteger os sobrevoos e o mercado único do transporte aéreo", criticou, pedindo medidas para resolver a questão, "o que eliminará mais de 90% dos destes cancelamentos de voos".
A companhia pede proteção dos voos que passam no espaço aéreo francês durante as greves e que controladores aéreos de outros países europeus possam gerir estas ligações. Pede ainda arbitragem obrigatória antes das greves em França.