O Eurogrupo volta a reunir-se, em Bruxelas, no sábado às 17 horas (16 em Portugal continental) para uma nova ronda de negociações sobre a questão da Grécia. O dia de todas as decisões, definido por Merkel e companhia.
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A chanceller alemã, Angela Merkel, já tinha definido, quinta-feira à noite, a agenda, apontando sábado como o dia D para a Grécia. A reunião - a quarta na mesma semana e quinta em dez dias - terá lugar a três dias do final do prazo para a Grécia receber ajuda financeira e pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Concordámos que temos de continuar a trabalhar porque o tempo está a esgotar-se e a reunião do Eurogrupo no sábado vai ter uma importância decisiva", disse, quinta-feira à noite, Angela Merkel, numa conferência de imprensa no final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, concluída já de madrugada.
Também em conferência de imprensa no final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que os líderes europeus estão conscientes da importância de ser alcançado um acordo sobre a Grécia no próximo sábado, pois conhecem a gravidade da situação e eventuais consequências.
Segundo Tusk, quinta-feira à noite houve "uma longa discussão" sobre a Grécia - depois de mais um Eurogrupo inconclusivo realizado ao início da tarde de quinta-feira -, e há noção, no seio do Conselho, de que é urgente um acordo.
O presidente do Conselho adiantou que os líderes consideraram que não há necessidade de uma nova cimeira de líderes da zona euro nos próximos dias - depois daquela já celebrada na segunda-feira -, até porque esperam que seja fechado um acordo entre a Grécia e as instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) na nova reunião do Eurogrupo prevista para sábado.
Se houver entendimento na reunião de sábado dos ministros das Finanças da zona euro, as medidas acordadas entre Atenas e os credores devem ir ao Parlamento grego na segunda-feira, a tempo de estarem aprovadas até terça-feira, data em que termina a extensão do atual programa de resgate e é libertada uma verba de 7,2 mil milhões de euros e quando a Grécia tem de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI.
As fontes do Governo grego afirmaram estar convencidas de que o Parlamento aprovará o plano com o apoio dos deputados dos dois partidos que suportam a coligação governamental: o Syriza e os Gregos Independentes.
Caso não haja acordo no Eurogrupo deste sábado, deverá haver uma cimeira de emergência sobre a Grécia no domingo.