O cheque do reembolso do IRS está este ano mais generoso do que o de 2013. Porque é que isto acontece precisamente quando se estão a fazer as contas ao ano em que se registou um enorme aumento de impostos? Porque a generalidade dos trabalhadores por conta de outrem e os pensionistas retiveram por mês, ao longo de 2013, mais imposto e sobretaxa do que deviam.
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Reeditada em 2013 - depois de uma experiência em 2011 - a sobretaxa incide sobre o rendimento coletável que excede o valor anual do salário mínimo nacional (6790 euros). Mas em termos mensais, o pagamento funciona com base o valor das contribuições para a segurança social que, para quem tem rendimentos mais baixos, são inferiores à dedução específica de 4104 euros.
O cheque do reembolso que está agora a chegar aos que entregaram a sua declaração durante o mês de abril (1ª Fase) reflete este desajustamento, conforme observa Luís Leon, da Deloitte.
Mas não só. As tabelas de retenção na fonte que começaram a ser aplicadas no ano passado e que se mantiveram iguais este ano, sofreram um aumento médio de 4 pontos percentuais face ao ano anterior. Esta subida supera o agravamento das taxas finais do IRS efetuado na sequência da reorganização dos escalões de rendimento.