Vários setores de atividade que produzem os principais produtos do cabaz de Natal estão otimistas. É que, apesar do aumento dos preços, os hábitos de consumo natalício vão manter-se e esperam-se subidas nas vendas. Desde o bacalhau ao pão para as rabanadas, há muitos fatores a influenciar a conta no supermercado.
Corpo do artigo
Na noite da Consoada, serão poucas as famílias portuguesas sem uma travessa de bacalhau em cima da mesa. Paulo Mónica, secretário-geral da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB), diz que "o Natal continua a ser uma época de grande consumo de bacalhau em Portugal". No entanto, o responsável da associação revela que, em dezembro, está prevista "uma redução nas quantidades vendidas" deste tipo de peixe. Os motivos? Redução das quotas de pesca no Mar do Norte, na Noruega, e as "sanções económicas impostas pela União Europeia à Rússia, que afetaram a importação de bacalhau russo", afirma Paulo Mónica.
Com menos peixe a circular e, juntando as subidas dos custos do transporte e da energia, o bacalhau tem um "consequente aumento do preço". "O valor previsto do quilo de bacalhau em dezembro para venda no Natal é de aproximadamente 20 euros/quilo", aponta o secretário-geral da AIB. Mas, o valor pode variar consoante o tamanho e a qualidade do peixe. Até porque, refere Paulo Mónica, no Natal, os clientes procuram bacalhau de "alta qualidade, preferindo lombos e tamanhos grandes".