O Santander Totta registou lucros de 527,3 milhões de euros em 2019, um aumento de 5,5% face aos 500 milhões de euros de 2018.
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"Os recursos de clientes totalizaram 42,5 mil milhões de euros, representando um crescimento de 6,1% face ao mesmo período do ano passado, decorrendo dos acréscimos de 5,2% em depósitos e de 10,6% em recursos fora de balanço", salienta o banco em comunicado.
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Em termos de crédito a clientes, ascendeu a 40,0 mil milhões de euros em 2019, uma redução de 1,0% face a 2018, uma mudança que o banco atribui à "gestão das carteiras não produtivas", já que "excluindo este efeito, a carteira de crédito teria ficado praticamente inalterada".
O presidente do banco, Pedro Castro e Almeida, classificou os números de 2019 como um "excelente resultado", sobretudo fruto do crescimento do produto bancário em 7%.
No comunicado, o banco refere que "as quotas de mercados de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 19,8% e 19,9%, respetivamente, até ao final de novembro".
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Em termos de eficiência, o rácio ficou nos 45%, "uma melhoria de 4,6 pontos percentuais em relação a dezembro de 2018, fruto do crescimento do produto bancário (7%) e da redução dos custos operacionais (-2,9%)".
A margem financeira reduziu-se em 1,2%, passando de 866,3 milhões de euros no final de 2018 para 855,8 milhões no mesmo período de 2019.
No entanto, a receita com comissões subiu 4,8% em 2019 em termos homólogos, subindo dos 363,0 milhões de euros em 2018 para os 380,5 milhões no final do ano passado.
Os resultados de exploração subiram 16,8% para 740,0 milhões de euros em 2019, depois dos 633,5 milhões em 2018, e o resultado antes de impostos também subiu, mas 9,8%, para 739,8 milhões de euros em 2019, de 673,8 milhões em 2018.
O rácio de rendibilidade ('return-on-equity', ROE) valorizou-se 0,3 pontos percentuais, passando de 12,4% em 2018 para 12,7% em 2019.
Temos um banco mais sólido, mais rentável, mais eficiente
Em termos de rácios de capital, o CET1 ('common equity tier 1') subiu 1,2 pontos percentuais, passando de 14,0% em 2018 para 15,2% em 2019, tendo o rácio total atingido os 18,9% em 2019, depois de 17,1% em 2018.
Já o rácio de exposição a crédito malparado (NPE, 'non-performing exposure') diminuiu 0,8 pontos percentuais, passando de 4,2% em 2018 para 3,3% em 2019, e o rácio de cobertura deste tipo de crédito passou de 51,0% para 53,1%, subindo 2,1 pontos percentuais.
Durante a apresentação de resultados, Pedro Castro e Almeida salientou que o nível atual de NPE é hoje inferior ao que existia no banco antes da aquisição quer do Banco Popular, quer do Banif.
O gestor destacou ainda o aumento nominal de cerca de 17 mil clientes e a subida da utilização dos canais digitais.
"Temos um banco mais sólido, mais rentável, mais eficiente e, mais importante do que os louros desses resultados, é a maneira como os atingimos e o impacto que está a ter nos nossos clientes", disse.