O presidente francês Nicolas Sarkozy considerou, esta segunda-feira, existirem "boas esperanças" para um acordo definitivo sobre a Grécia "dentro de alguns dias", em declarações no final da cimeira europeia de Bruxelas.
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"As negociações estão a avançar na boa direcção e temos fortes esperanças que nos próximos dias seja anunciado um acordo", referiu em declarações aos jornalistas, acrescentando que o tema "não foi um assunto de topo" na cimeira.
Os responsáveis de Atenas estão a negociar um acordo com a banca privada sobre o perdão de pelo menos 100 mil milhões de euros da sua dívida. O FMI e a UE pretendem que o país reduza a sua dívida antes de aprovarem um novo empréstimo de 130 mil milhões de euros, necessários para que Atenas não declare insolvência.
O chefe de Estado francês disse ainda que está fora de questão colocar a Grécia "sob tutela" orçamental, numa alusão à proposta de um documento do governo alemão e que originou uma profunda polémica.
"Está fora de questão colocar qualquer país sob tutela", disse à saída do encontro de líderes europeus. Essa opção "não seria razoável, democrática e eficaz", precisou Sarkozy.
Por seu turno, os dirigentes europeus pediram a concretização de um acordo global sobre a Grécia "até ao final da semana" e que deve incluir uma redução dos créditos dos bancos e um novo programa de empréstimos.
"Apelamos aos ministros das Finanças (da zona euro) para que adoptem, até ao final da semana, todas as acções necessárias para concretizar" o acordo com os bancos e para adoptar o novo programa de empréstimos de 130 mil milhões de euros prometidos ao país, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
Os responsáveis de Atenas estão a negociar um acordo com a banca privada sobre o perdão de pelo menos 100 mil milhões de euros da sua dívida. O FMI e a UE pretendem que o país reduza a sua dívida antes de aprovarem um novo empréstimo de 130 mil milhões de euros, necessários para que Atenas não declare insolvência.