"Sem perspetiva de melhoria": empresas fazem menos lay-off e despedem mais
Os últimos meses de 2024 estão, segundo os dados oficiais, a ser marcados por menos trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off e por mais despedimentos coletivos. Desde janeiro até outubro deste ano, quase cinco mil pessoas ficaram sem trabalho em Portugal. O Governo já admitiu que os números são “preocupantes”.
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Os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) revelam que, de janeiro a outubro, foram comunicados 409 despedimentos coletivos, acima dos valores totais dos anos de 2021 e 2022. Embora com números preliminares, 2024 já ultrapassa 2023 no número de trabalhadores abrangidos pela cessação definitiva dos contratos de trabalho. Até ao momento, contabilizam-se 4959 pessoas que ficaram sem emprego este ano, mais 37% do que em todo o ano passado.
Em sentido contrário está o lay-off, que se caracteriza pela redução temporária dos períodos de trabalho ou pela suspensão dos contratos devido a dificuldades económicas das empresas. O regime foi muito usado na pandemia por estabelecimentos que encerraram temporariamente por causa dos confinamentos ou que tiveram uma quebra na atividade.